Os 6,4 milhões de habitantes recebem o abraço do Cristo Redentor numa das cidades mais famosas do mundo. O Rio de Janeiro é belo por natureza e, agora, está no caminho para se tornar resiliente, garantindo a segurança das pessoas e o funcionamento da cidade caso a cidade seja atingida por eventos extremos. A iniciativa Rio Resiliente, lançada no início deste ano pela Prefeitura Municipal, trabalha em colaboração com diversas organizações na elaboração de um plano de resiliência.

De 27 a 30 de julho, uma série de encontros entre órgãos municipais e organizações externas, como o WRI Brasil | EMBARQ Brasil, foi realizada para debater pontos essenciais à construção do plano, que está dividido em quatro áreas:

  • comportamento resiliente;
  • mudanças climáticas;
  • gestão resiliente; e
  • resiliência socioeconômica.

A coordenadora de Projetos de Transporte e Clima, Magdala Arioli, e Katerina Elias, analista de Pesquisa do WRI Brasil | EMBARQ Brasil participaram das reuniões para tratar das três primeiras áreas.

Entre alguns dos projetos previstos, relacionados ao comportamento resiliente, estão a defesa civil nas escolas, os indicadores individuais de resiliência, os diálogos e as estratégias para a segurança cidadã, entre outros. O tópico de mudanças climáticas prevê estratégias para a redução do consumo de água e energia, uso de energia solar, iluminação pública eficiente, qualidade do ar, entre outros. A atuação em gestão resiliente, por sua vez, integra a institucionalização do Rio Resiliente, indicadores de resiliência, integração metropolitana, digitalização de informações e uso de big data em processos de decisão.

As características geográficas e geológicas da cidade maravilhosa, bem como as construções em áreas de risco em morros e encostas, favorecem a ocorrência de precipitações pluviométricas intensas e suas possíveis implicações, como desmoronamentos, inundações e outras catástrofes que causam danos à vida e à integridade humana. A cidade conta, atualmente, com um Sistema de Alerta e Alarme Comunitário e também com a preparação de moradores de área de risco para situações extremas.

O próximo passo em direção à concretização do plano é um workshop em outubro, a fim de validar indicadores individuais de resiliência (IRI).

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100 Cidades Resilientes

O Rio de Janeiro faz parte do grupo 100 Cidades Resilientes, projeto da Fundação Rockefeller, cujo intuito é formar uma rede global de cidades resilientes para compartilhar boas práticas e informações, para que elas superem desafios urbanos como as áreas de risco ou irregulares, vulneráveis às chuvas, enchentes e deslizamentos.

De acordo com a Rockefeller, resiliência é conceituada pela elasticidade e capacidade de recuperação e adaptação de uma cidade. A ideia central é a de tornar as cidades mais bem preparadas para resistir a eventos extremos, sejam naturais ou causados pelo homem, e aptas a se recuperar rapidamente, saindo mais fortes do que antes.

Ao lado do Rio de Janeiro, a outra cidade brasileira da rede é Porto Alegre (RS), que está desenvolvendo seu plano de resiliência. Na capital gaúcha, o projeto é capitaneado pela Secretaria Municipal de Governança e conta com um conselho diretivo do qual a EMBARQ Brasil faz parte. O conselho é responsável por definir as ações macro para a gestão do programa, bem como o plano de ação, sua temporalidade e principais eixos de atuação.

Originalmente publicado por Embarq Brasil, com informações da prefeitura do Rio de Janeiro.