ROAM é a sigla em inglês para Metodologia de Avaliação de Oportunidades de Restauração. Desenvolvida a partir de uma parceria entre a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) e o World Resources Institute (WRI), a ROAM ajuda a identificar áreas com potencial de restauração a partir da avaliação de diferentes cenários.

A metodologia apoia o desenvolvimento de estratégias e programas de restauração em nível nacional e subnacional, permitindo que países e estados definam e assumam compromissos alinhados com os de escala internacional – como o Desafio de Bonn, que consiste na restauração de 150 milhões de hectares de áreas degradadas e desmatadas até 2020 e 350 milhões de hectares até 2030.

A ROAM permite identificar oportunidades, analisar dados e promover a restauração de paisagens e florestas de modo a aumentar a cobertura florestal considerando as características de cada local. Para isso, utiliza uma abordagem participativa. O objetivo é articular os principais atores interessados na restauração a fim de entender suas necessidades, desafios e interesses. Essas motivações podem variar de região para região, e compreendê-las aumenta as chances de um trabalho bem-sucedido de restauração.

O WRI Brasil já apoiou a aplicação a ROAM no Distrito Federal e em outros cinco estados brasileiros: Espírito Santo, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo. Em cada caso, a metodologia identifica os objetivos da comunidade local com a restauração, realiza uma coleta de dados na área para estruturar os modelos possíveis e faz recomendações estratégicas para a restauração de paisagens, aliando benefícios ambientais e socioeconômicos.

Uma avaliação utilizando a ROAM pode ser conduzida por uma equipe de poucas pessoas e, com a participação dos atores locais, trazer os seguintes resultados:

  • identificação das áreas prioritárias para restauração;

  • lista dos modelos mais relevantes e viáveis considerando a área avaliada;

  • custos e benefícios de cada modelo;

  • estimativa de carbono sequestrado da atmosfera em cada modelo;

  • análise das opções de financiamento e investimento;

  • identificação de atores-chave e fluxos sobre a restauração;

  • diagnóstico sobre a situação da paisagem para ser restaurada e estratégias para superar desafios políticos e institucionais.

 

Foto: James Anderson/WRI Brasil