O Acelerador de Soluções Baseadas na Natureza em Cidades realizou o segundo encontro presencial, com atividades sobre governança, plano de ação e pitch para financiadores. Durante dois dias, em São Paulo, representantes dos dez projetos puderam aprofundar conhecimentos e práticas que os tornam mais aptos a se relacionar com os diferentes grupos envolvidos em um projeto de soluções baseadas na natureza (SBN) – da população às instituições financeiras.

O encontro marca a última atividade coletiva de capacitação da primeira fase do programa de aceleração de SBN do WRI Brasil. Os participantes ainda contarão com mentoria individualizada até agosto, quando dois projetos serão selecionados para avançar para a segunda fase.

Mapeamento de atores e governança

Projetos de SBN são transversais e requerem engajamento de diversos setores do governo municipal e das comunidades afetadas para garantir sua efetividade e manutenção. A governança deve prever a participação efetiva dessas pessoas e organizações – e quanto antes forem engajadas, melhor.

pessoas apresentam projeto
No hub de cocriação, cidades compartilharam mapeamentos de atores com o grupo (foto: Victor Kobayashi-Yantra Imagens/WRI Brasil)

Por isso, a primeira tarde de evento foi dedicada a um hub de cocriação em que os acelerados realizaram um mapeamento de atores favoráveis e desfavoráveis aos projetos, e de ações de engajamento para reduzir oposições ou explorar o potencial de apoiadores. “A gente vê muitos avanços, com eles conseguindo materializar quem são esses atores e, a partir disso, pensar em quais são as estratégias de comunicação e mobilização [adequadas]”, afirma Caio Momesso, mentor do Acelerador e consultor da Vena, empresa especializada em gestão pública.

Ao compartilharem seus mapeamentos com os mentores e o grupo, os acelerados também têm a oportunidade de esclarecer dúvidas e incorporar novas perspectivas a seus modelos de governança.

Pitch e plano de ação

pessoas reunidas discutindo ideias em torno de um cartaz com os dizeres "plano de ação"
Equipes realizaram exercício de plano de ação (foto: Victor Kobayashi-Yantra Imagens/WRI Brasil)

O segundo dia de evento foi um marco simbólico para os projetos, que receberam capacitação em plano de ação e pitch. O pitch é um formato de apresentação curto e direto, focado em contextualizar desafios e apresentar uma solução ou projeto a possíveis investidores. “Um bom pitch transforma cinco minutos em oportunidades futuras”, sintetizou Marcela Ávila, facilitadora da Pulsar, consultoria em inovação que realizou a capacitação.

Ao final do dia, os participantes realizaram o primeiro pitch de seus projetos após os seis meses de capacitação e mentoria da primeira fase do Acelerador. Neste caso, a banca era simulada, formada por Juliana Baladelli Ribeiro, gerente de projetos da Fundação Grupo Boticário; Stefano Gatti, superintendente de sustentabilidade e impacto da Desenvolve SP; Magdala Satt Arioli, coordenadora de Financiamento e Economia Urbana do WRI Brasil; Natália Tavares, consultora de Responsabilidade Social da Caterpillar Brasil; e Ricardo Pierozan, facilitador da Pulsar.

Os comentários da banca ajudarão as equipes a aperfeiçoar as apresentações dos projetos para futuras oportunidades de conexão com instituições financeiras. “Os recursos existem. O que o Acelerador faz é capacitar as cidades para acessá-los”, resumiu Magdala.

Reta final da aceleração

Em agosto, os dez projetos terão uma nova oportunidade de pitch. Desta vez, o desempenho perante a banca ajudará a definir os dois projetos que receberão apoio e capacitação adicionais durante a segunda fase do Acelerador, que se encerra em abril de 2024.

O Acelerador de Soluções Baseadas na Natureza em Cidades é uma realização do WRI Brasil com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Conta com financiamento da Caterpillar Foundation e do Ministério do Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra UK), e parceria da iniciativa Cities4Forests e da Aliança Bioconexão Urbana.

Vídeo do evento

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