A silvicultura de espécies nativas e sistemas agroflorestais têm um enorme potencial para o mercado de madeiras tropicais no Brasil e no mundo. Sua viabilidade econômica é mostrada neste relatório.

Esses resultados também demonstram que as principais variáveis de risco de mercado podem ser incluídas na avaliação dos ativos florestais, incluindo taxas de câmbio, inflação, volumes de produção e volatilidade de preços.

Destaques

  • Mais de 70 milhões de hectares (Mha) de pastagens degradadas no Brasil poderiam se beneficiar com a restauração, o florestamento e o reflorestamento da paisagem
  • As leis e políticas do Brasil apoiam a restauração e o reflorestamento de terras degradadas com espécies de árvores nativas para fins econômicos, que constituem oportunidades para se estabelecer uma economia florestal viável baseada na silvicultura de espécies nativas e em sistemas agroflorestais (SAFs).
  • O projeto Verena conduziu 12 estudos de caso na Floresta Amazônica, na Mata Atlântica e no Cerrado para avaliar a viabilidade econômica da silvicultura com espécies nativas e em SAFs.
  • O projeto obteve uma relação de retorno ao risco para a silvicultura de espécies nativas e os SAFs comparável à obtida para plantações comerciais de espécies de árvores exóticas que são comumente utilizadas no setor florestal brasileiro atual, enquanto a análise de sensibilidade apresentou um risco de mercado menor. No entanto, o capital exigido é maior e o período de recuperação é mais longo, sendo uma barreira importante para a expansão da silvicultura de espécies nativas no Brasil.
  • É necessário que o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) aumente para apoiar a competitividade das espécies nativas na silvicultura comercial e nos SAFs, para que possam passar da fase de projeto-piloto para uma escala de paisagem.
  • Será fundamental desenvolver modelos de negócios para espécies nativas e SAFs para atrair investidores privados e agricultores.