Requalificação urbana, soluções baseadas na natureza, mobilidade urbana sustentável: estes foram alguns dos focos dos projetos urbanos de cinco regiões do Brasil que foram avaliados por um grupo de nove instituições financeiras regionais, nacionais, internacionais e multilaterais no dia 10 de agosto, em Brasília, na primeira edição do FinanCidades. A rodada de negócios inédita foi ponto de partida para ajudar a catalisar parcerias e impulsionar a implementação de projetos verdes e de baixo carbono por cidades brasileiras.  
 
O FinanCidades é uma iniciativa do WRI Brasil e da Rede FISC e contou com a participações da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Agence Française de Développement (AFD), Banco do Brasil, Pró-Cidades do Ministério das Cidades, BNDES, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), CAIXA, Desenvolve SP, FONPLATA (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata), JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) e NDB (New Development Bank, o banco dos BRICs). 

Cada instituição se reuniu para rodadas de apresentação dos projetos mais adequados ao seu portfólio. Os mais de 40 projetos apresentados têm diferentes escalas e vêm de municípios pequenos, médios e grandes das cinco regiões do Brasil. São projetos sustentáveis em áreas como requalificação urbana, soluções baseadas na natureza (SBN), saneamento, gestão de resíduos e mobilidade sustentável. Entre os participantes, estiveram os projetos do Acelerador de Soluções Baseadas na Natureza em Cidades.

mulher fala em pé enquanto pessoas à sua volta escutam
Proponentes apresentaram projetos a instituições com portfólios compatíveis (foto: Ricardo Jayme-Yantra Imagens/WRI Brasil)

Primeiro contato 

Henrique Evers, gerente de Desenvolvimento Urbano do WRI Brasil, que lidera a Rede FISC, destaca a urgência de financiar projetos urbanos sustentáveis – especialmente aqueles que conferem maior resiliência às mudanças do clima: “A mudança do clima já impacta todas as regiões do país, afetando principalmente as áreas urbanas, onde residem 85% dos brasileiros. Por isso é urgente a adoção de medidas de mitigação, como o investimento em transporte, e de adaptação, como as soluções baseadas na natureza”, explica. 

“A falta de recursos financeiros é um gargalo crítico para o avanço de projetos sustentáveis nas cidades brasileiras. Mas por trás dele, há outros, como falta de conhecimento das linhas de financiamento disponíveis e acesso às instituições financeiras de fomento. Esta primeira edição do FinanCidades buscou suprir estas lacunas”, completa Magdala Satt Arioli, coordenadora de Financiamento e Economia Urbana do WRI Brasil.